
Em 2023, São Paulo registrou 417 municípios com operação privada nos serviços de saneamento básico — o maior número do País, o que corresponde a 65% das cidades paulistas. Na sequência aparecem o Rio Grande do Sul, com 319, e o Piauí, com 224.
Os números integram o estudo da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon Sindcon), antecipado pelo Estadão. O relatório “Panorama da Participação Privada no Saneamento 2025” foi lançado no evento Conexões Saneamento, realizado no último dia 26 de agosto, em Brasília.
A liderança paulista puxa o desempenho do Sudeste, que reúne 534 municípios com operação privada em esgotamento sanitário — cerca de 30% das cidades da região. Em 2023, São Paulo somou R$ 276,5 milhões em investimentos, alcançando 33 milhões de pessoas.
No ano passado, o governo estadual concluiu a privatização da Sabesp ao vender 32 pontos percentuais de sua participação de 50,3% por R$ 14,8 bilhões. A companhia assumiu o compromisso de universalizar água e esgoto até 2029, quatro anos antes do cronograma do Marco Legal do Saneamento, aprovado em 2020 e apontado como motor de expansão do setor.
Entre 2019 e 2023, o País incorporou 6 milhões de domicílios à rede de esgoto e outros 6,3 milhões passaram a contar com água tratada. O emprego formal no segmento avançou 20,9%, e o total de cidades com presença de operadores privados saltou de 291 para 1.820 — aumento de 525%. Para Christianne Dias, diretora-executiva da Abcon Sindcon, mesmo com projetos de maturação mais longa, os efeitos do marco legal e da entrada das empresas privadas já são evidentes no ritmo de expansão do saneamento.
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